Iniciativa viabilizada por emenda do deputado Marcelo Moraes garante cerca de 10 mil atendimentos a autistas e suas famílias
Com foco na inclusão e na ampliação dos cuidados a pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), foi lançado oficialmente na manhã desta sexta-feira, 25, no auditório do Memorial da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), o Projeto Espectro Unisc – Inclusão que Transforma. A iniciativa - que conta com investimento de R$ 3 milhões por meio de emenda parlamentar do deputado federal Marcelo Moraes - vai oferecer 9,8 mil atendimentos multidisciplinares ao longo de um ano.
O projeto será executado pela Unisc e contará com apoio de instituições parceiras, beneficiando, neste primeiro momento, cidadãos de Santa Cruz do Sul e, posteriormente, moradores das 17 cidades que integram a Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo (Amvarp). O público-alvo são crianças a partir de dois anos, adolescentes e adultos com TEA, além de seus familiares. A proposta prevê atividades em grupo e encaminhamentos clínicos nas áreas de medicina, odontologia, psicologia, entre outras, com suporte completo na estrutura da Universidade. A coordenação será de Rafaela Jackisch, com Miriam Reckziegel como subcoordenadora.
Prefeitura como parceira
Durante o lançamento, o prefeito Sérgio Moraes destacou a importância da iniciativa e reafirmou o compromisso do Município com a causa. “Estamos nesta caminhada e queremos ser parceiros por meio da Prefeitura. Iniciativas de atendimento a autistas já começaram no governo passado, com a criação do Girassol, e queremos melhorar isso”, disse. O prefeito também convocou outros gestores da região a se unirem ao projeto. “Convido os prefeitos da região para que possam se engajar nesta tarefa de ajudar as famílias. A sociedade não anda bem quando alguém fica para trás. Temos que incluir todos”, destacou.
Compromisso com a saúde pública
O deputado federal Marcelo Moraes, responsável pela emenda que viabilizou o projeto, ressaltou a relevância da proposta que envolve várias áreas do conhecimento e serviços públicos. “Nos atendimentos ao autismo, o desenvolvimento social, a saúde e a educação são pilares fundamentais para que o projeto seja executado da melhor forma”, afirmou.
Em seu pronunciamento, ele retomou o histórico da família Moraes em investimentos na área da saúde e destacou que, entre tantas obras realizadas ao longo dos 43 anos de vida política da família, este projeto tem um valor especial. “De todos os investimentos que fizemos, não tenho dúvidas de que este é um dos que mais nos orgulha. A infraestrutura, as obras, entre outros setores, apesar de serem importantes, podem esperar, mas a saúde pública não pode”, pontuou.
Marcelo Moraes ainda destacou o caráter inovador do projeto e garantiu que pretende seguir investindo nele. “Não existe nada parecido com este projeto no Rio Grande do Sul. Ele foi construído a muitas mãos e com referência em diversas cidades. Me comprometo a, no ano que vem, enviar mais uma emenda parlamentar para seu aperfeiçoamento”, garantiu o deputado.
Apoio da Assembleia Legislativa
A deputada estadual Kelly Moraes, que prestigiou o evento, anunciou que também pretende direcionar valores para a continuidade do projeto. “Aceito o desafio de destinar mais recursos. Todos os projetos bons devem ser continuados”, disse, avaliando que a atuação conjunta entre os poderes é fundamental para que a iniciativa cresça e alcance mais pessoas.
Protagonismo da universidade comunitária
Para o reitor da Unisc, Rafael Henn, o projeto reforça a missão da Universidade como instituição comunitária e voltada para o desenvolvimento regional. “O projeto será multidimensional e totalmente conectado com o princípio de uma universidade comunitária, que é levar a ciência para auxiliar a sociedade”, explicou.
Ele revelou que a ideia surgiu após conversa com o deputado Marcelo Moraes, que manifestou interesse em colaborar com um projeto voltado ao autismo. “Montamos um grupo de trabalho com diversos profissionais e começamos a perceber a grandeza e a necessidade de um olhar multidisciplinar para o tema”, contou Henn.
Atividades físicas como eixo central
A vice-reitora da Unisc, Andréia Valim, destacou que o projeto não substituirá ações já existentes na cidade, mas sim ampliará e complementará os atendimentos. “A atividade física é o centro do projeto e, a partir dela, serão direcionadas outras atividades. Não é o autismo o problema, mas sim o nosso preconceito, nossa falta de compreensão e de preparo. Este projeto vem para ressignificar o nosso pensamento”, afirmou.
